A cidade de Khanaser havia sido capturada nesta semana pelo Estado Islâmico, em uma ação que cortou o acesso militar do governo à capital provincial, também chamada Alepo, disse o governo sírio e o Observatório Sírio pelos Direitos Humanos, um grupo de monitoramento oposicionista.
A agência síria SANA disse que o Exército tomou Khanaser, localizada 50 quilômetros a sudeste da cidade de Alepo, após três dias de duros confrontos. Além disso, havia ainda confrontos para reabrir a rodovia. Na terça-feira, o Estado Islâmico tomou a cidade e montanhas próximas. O Exército sírio e milícias xiitas favoráveis ao governo foram apoiados por ataques aéreos russos, segundo o Observatório.
A trégua nos confrontos deve começar a zero hora de sexta-feira (hora local). O grupo Estado Islâmico e o braço da Al-Qaeda na Síria, a Frente Nusra, porém, não estão incluídos na trégua proposta pela Organização das Nações Unidas e pela Rússia. A ideia é produzir uma "cessação de hostilidades" que leve de volta o governo sírio e seus opositores à mesa de negociações em Genebra.
O primeiro-ministro turco, Ahmet Davutoglu, disse hoje que se preocupa com a possibilidade de que a Rússia continue a bombardear civis sírios ou a oposição moderada durante a trégua. Davutoglu afirmou que o acordo "não teria sentido se a Rússia continuasse com bombardeios irresponsáveis".
Um elemento importante é que seja permitido o acesso humanitário a áreas de difícil acesso da Síria.