Familiares das vítimas do acidente de avião da Germanwings, em março de 2015 na França, vão processar a escola de pilotos norte-americana que formou o autor do crime - informou nesta sexta-feira seu advogado.
Foi nesta escola, perto de Phoenix, no estado do Arizona, onde são treinados os pilotos da Lufthansa, controladora da Germanwings, "onde o drama começou", "foi ali onde foi feita a primeira ficha", disse à AFP Christof Wellens, que representa várias vítimas.
"Foi lá onde o copiloto Andreas Lubitz parou a formação por um tempo por conta de problemas psíquicos. Ele não podia ter sido reintegrado", afirmou.
Segundo a agência alemã DPA, a denúncia será apresentada no final do mês no tribunal de Phoenix.
Em 24 de março de 2015, um Airbus A321 da companhia aérea de baixo custo Germanwings caiu nos Alpes franceses matando 150 pessoas, incluindo 72 alemães e 50 espanhóis.
Para os pesquisadores, o co-piloto do avião, Andreas Lubitz, deliberadamente causou o desastre. O homem passava por um tratamento para depressão e tinha sistematicamente escondido seu estado de saúde da empresa.
Os advogados dos familiares das vítimas, que julgam a indenização proposta pela Lufthansa muito baixa - 25.000 euros para cada vítima, e uma primeira ajuda de 50.000 euros - ameaçaram repetidamente apresentar uma queixa nos Estados Unidos, onde as indenizações são muito mais elevadas do que na Europa.
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