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Estado de Minas 'SUPER SÁBADO'

Cruz e Sanders avançam, mas Hillary e Trump consolidam liderança nas primárias dos EUA

Candidatos republicanos e democratas se enfrentaram em mais um dia de primárias na corrida à Casa Branca


postado em 06/03/2016 08:52 / atualizado em 06/03/2016 09:40

Donald Trump e Ted Cruz (Republicanos) e Bernie Sanders e Hillary Clinton (Democratas): corrida acirrada e 'Super Sábado' agitado rumo à Casa Branca (foto: AFP PHOTO)
Donald Trump e Ted Cruz (Republicanos) e Bernie Sanders e Hillary Clinton (Democratas): corrida acirrada e 'Super Sábado' agitado rumo à Casa Branca (foto: AFP PHOTO)

Os aspirantes presidenciais Bernie Sanders e Ted Cruz conquistaram importantes triunfos no sábado em algumas das primárias realizadas em cinco estados, mas as maiores vitórias caíram nas mãos de Hillary Clinton e Donald Trump. Cruz, o ultraconservador senador do Texas, venceu nos "caucus" (assembleias eleitorais) republicanos de Maine (nordeste) e Kansas (centro), avançando para se posicionar como o mais claro rival de Trump.

Saboreando suas vitórias nas primárias da Louisiana (sul) e Kentucky (sudeste), dois estados que concederam a maior quantidade de delegados no dia, o magnata imobiliário assumiu o desafio. "Quero enfrentar apenas Ted", disse Trump durante uma coletiva de imprensa em West Palm Beach, Flórida, após a publicação dos resultados, convocando os demais aspirantes republicanos, o senador Marco Rubio e o governador de Ohio, John Kasich, que têm um pobre desempenho, a abandonar a disputa. "Isso será fácil", acrescentou.

No lado democrata, o senador Bernie Sanders ganhou os "caucus" de Kansas e Nebraska, no centro do país, vitórias importantes, mas que não ameaçam a liderança de Hillary, que deu novos passos em direção à indicação do partido ao levar as primárias da Louisiana. "A aposta é cada vez maior e a retórica que ouvimos do outro lado segue afundando mais", disse Hillary em Michigan, onde neste domingo enfrentará Sanders em um novo debate televisionado.

A campanha de Sanders perdeu força após a vitória esmagadora de Hillary na última terça-feira, quando a ex-secretária de Estado venceu em sete dos 11 estados em disputa.

Mas o senador de Vermont de 74 anos não deu sinais de que vai abandonar a corrida e rapidamente lançou um novo impulso as suas aspirações. "Temos momentum, temos um caminho em direção à vitória. Nossa campanha está apenas começando", escreveu em um comunicado.

"Establishment muito infeliz"

As votações de sábado se apresentavam como uma prova para determinar se a cruzada lançada à dirigência republicana para frear Trump, liderada nesta semana por Mitt Romney, o candidato presidencial do partido em 2012, está tendo algum efeito nos eleitores. "O establishment está muito infeliz pela maneira como vão as coisas e posso entender, eu fui parte do establishment. (...) Mas agora não sou parte do establishment", disse Trump. "Amo o partido republicano e amo os conservadores", acrescentou.

Retórica de ódio, falso conservadorismo e um discurso supostamente mutável: a elite do Partido Republicano teme que uma candidatura do magnata entregue as eleições de novembro de bandeja a Hillary Clinton, ou pior, abale para sempre os fundamentos do centenário partido de Abraham Lincoln. Os eleitores, no entanto, ignoraram a mensagem: o milionário soma vitórias em 12 dos 18 estados que já realizaram primárias, incluindo Kentucky e Louisiana.


Conservadores unidos

Mas as vitórias de Cruz em Kansas e Maine demonstram que, embora Trump esteja cada vez mais próximo de obter a indicação do partido, a disputa segue aberta. "O que estamos vendo são os conservadores se unindo, o que estamos vendo são os republicanos se unindo (...) nesta campanha", acrescentou.

Cruz recebeu um impulso adicional, quando venceu uma votação simbólica, mas significativa, no CPAC, o grande encontro anual dos conservadores americanos, perto de Washington. Trump causou irritação entre os conservadores ao cancelar sua apresentação no sábado na CPAC.

Já o senador de origem cubana Marco Rubio, a aposta mais lógica para a dirigência do partido, recebeu os aplausos na conferência ao prever um espantoso futuro para os republicanos "se o movimento conservador for sequestrado por alguém que não é conservador", em clara alusão a Trump. Mas apesar da escalada verbal, cada um dos três adversários de Trump garantiu que o apoiarão se conquistar a indicação.

Momento de Rubio

Na mira estão agora as grandes batalhas de 15 de março: cinco estados decisivos irão às urnas, entre eles o reduto de Rubio, Flórida, sob um esquema no qual o ganhador fica com todos os delegados, e não de maneira proporcional, como ocorria até agora. Será a hora da verdade para Rubio, que ganhou apenas uma primária. Antes, neste domingo, serão realizados "caucus" em Porto Rico (republicanos) e Maine (democratas).

Com os rivais de Trump convencidos em se manter na disputa até o fim, existe a possibilidade de que nenhum candidato obtenha os 1.237 delegados necessários para conquistar a indicação antes da convenção em julho. Isso conduziria ao cenário de uma convenção negociada, com possibilidades de que ocorra uma tempestade se as figuras do establishment do partido tentarem evitar que os delegados apoiem a candidatura de Trump. Algo que o presidente do Partido Republicano, Reince Priebus, indicou que é 'altamente improvável'.


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