Opositor Rosales será julgado na Venezuela por enriquecimento ilícito

AFP

O ex-candidato presidencial opositor venezuelano Manuel Rosales será julgado por enriquecimento ilícito durante seu mandato como governador do estado de Zulia, entre 2000 e 2008, informou seu partido nesta segunda-feira.

Segundo o Novo Tempo, partido fundado por Rosales e integrante da coalizão opositora Mesa da Unidade Democrática, "foi ratificada a medida de privação de liberdade contra Manuel Rosales, que será submetido a julgamento (...) por suposto enriquecimento ilícito".

Rosales, que em 2006 enfrentou nas eleições o então presidente, Hugo Chávez (1999-2013), permanecerá detido nas instalações do Serviço Bolivariano de Inteligência (Sebin), em Caracas, onde está desde que voltou à Venezuela, em outubro de 2015, após mais de seis anos de exílio.

Segundo a advogada do ex-governador, Magaly Vásquez, a acusação de enriquecimento ilícito "envolve cerca de 147 mil bolívares (14.700 dólares a taxa atual de 10 bolívares) apontados em uma auditoria patrimonial elaborada pela Controladoria Geral da República que a defesa não teve a oportunidade de contestar".

Em mensagem no Twitter, Rosales afirma que vai "a julgamento enfrentar esta armação política" e "o tribunal não me julgará como cidadão, mas por minhas ideias políticas".

A oposição, que controla a Assembleia Nacional com dois terços das cadeiras, está redigindo uma "Lei de Anistia" para políticos presos e exilados, um projeto que tanto o chavismo no Parlamento como o próprio presidente Nicolás Maduro afirmam que jamais se materializará porque promove a impunidade em crimes violentos.

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