O presidente Barack Obama disse estar convencido de que o próximo governo, que toma posse em janeiro de 2017, suspenderá o embargo a Cuba - de acordo com entrevista da rede CNN em espanhol divulgada nesta segunda-feira, a uma semana de sua histórica viagem à ilha.
"Minha firme previsão é que, em algum momento, o governo do próximo presidente, seja democrata, seja republicano, vai derrogar o embargo", afirmou Obama, que viajará para Cuba junto com a primeira-dama, Michelle, entre 21 e 22 de março.
"Tem sentido para nós poder vender a Cuba, fazer negócios com os cubanos, mostrar a eles nossas práticas comerciais, como tratamos os trabalhadores, como nos dedicamos a temas como os direitos humanos.
Imposto por Washington em 1962, o embargo proíbe quase todo comércio dos Estados Unidos com Cuba, e pode ser suspenso apenas pelo Congresso, atualmente dominado pela oposição republicana.
Obama tem pedido ao Congresso que suspenda o embargo, enquanto decreta uma série de reformas regulatórias para flexibilizar algumas sanções.
O objetivo da viagem a Cuba é selar o processo de aproximação entre Washington e Havana iniciado em dezembro de 2014, após meio século de inimizade e tensões.
Durante a mesma entrevista, Obama citou a Venezuela, onde a situação econômica é preocupante.
"Quanto antes o povo venezuelano puder eleger um governo no qual confie, que seja legítimo e que possa implementar políticas econômicas para sair da crise, tanto melhor será para todos nós", opinou o presidente.
Obama decidiu, no início do mês, estender por um ano o decreto que declara a Venezuela "uma ameaça", o que irritou o governo de Nicolás Maduro e provocou a retirada do principal representante diplomático de Caracas em Washington.
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