Khalid e Ibrahim El Bakraoui já tinham antecedentes policiais antes de aderirem ao grupo Estado Islâmico e seriam dois dos jihadistas que prestaram apoio durante os quatro meses de fuga de Salah Abdeslam, o único dos dez terroristas de Paris que sobreviveu e fugiu da capital francesa. Há nove dias, os dois haviam escapado da operação de polícia que resultou na morte de Mohamed Belkaid, suspeito de ter mantido contato telefônico constante com os terroristas de Paris. Belkaid teria sido o destinatário da mensagem "Vai começar", enviada às 21h42 de 13 de novembro, instantes antes da invasão da casa de shows Bataclan, em Paris.
Os três seriam membros de uma célula terrorista do Estado Islâmico formada por moradores ou ex-moradores de Molenbeek, o distrito de Bruxelas com maior concentração de comunidades muçulmanas. Além deles, dois outros são considerados foragidos: Nijaim Laarchaoui e Mohamed Abrini. O primeiro é suspeito de ser o armeiro do grupo, ou seja, o fabricante dos explosivos utilizados nos ataques suicidas de Paris. Suas impressões digitais foram encontradas em fragmentos dos cinturões utilizados.
O segundo teria participado da logística dos atentados na França - há imagens de circuitos internos de filmagem que mostram sua presença ao lado de Abdeslam às vésperas do crime.
A polícia da Bélgica não descarta que os dois, Laarchaoui e Abrini, tenham participado dos atentados de Bruxelas na terça-feira.
O grupo terrorista Estado Islâmico reivindicou os atentados ainda na tarde de terça-feira, indicando que seus "combatentes" seriam os autores dos ataques. O último balanço das autoridades indica 31 mortos e 220 feridos..