Bruxelas, 23 - Os homens-bombas que detonaram os explosivos no aeroporto e em uma estação de metrô em Bruxelas na terça-feira foram identificados como sendo os irmãos Ibrahim e Khalid El Bakraoui e já eram conhecidos da polícia, mas não por terrorismo afirmou o procurador belga Frederic Van Leeuw. Segundo ele, Ibrahim, que tinha 29 anos, foi reconhecido durante a análise de imagens de câmeras de segurança do aeroporto de Zaventem. O outro suicida no aeroporto, que estava à esquerda na foto divulgada, ainda não foi identificado.
Leeuw destacou que o terceiro terrorista - que estava com um chapéu escuro no lado direito da imagem - chegou ao aeroporto com um explosivo em uma bolsa. Este suspeito deixou a bolsa para trás e logo em seguida pegou um avião antes das duas explosões. Van Leeuw disse que a bolsa possuía a maior carga de explosivos de todos e foi detonada pelo esquadrão antibombas. Ninguém ficou ferido. De acordo com o procurador, este suspeito seria Najim Laachraoui, que continua foragido. Mais cedo, um jornal belga chegou a divulgar que Laachraoui tinha sido detido, mas a informação logo foi desmentida pela imprensa e não chegou a ser confirmada pelas autoridades. O promotor disse que a pessoa detida em uma das buscas permanece sob custódia e que está sendo interrogada.
Segundo o procurador, Khalid El Bakraoui, que tinha 27 anos, foi o responsável pela explosão na estação de metrô Maelbeek. Ambos ataques de terça-feira mataram ao menos 31 pessoas e feriram 274, disse o procurador.
As autoridades belgas afirmaram que várias pessoas possivelmente ligadas aos ataques em Bruxelas ainda estão soltas e é por isso que o país segue no nível máximo de alerta, disse Paul Van Tigchelt, chefe do corpo de ameaça terrorista na Bélgica, o que significa que existe o perigo de um ataque iminente.
Durante uma entrevista coletiva, Leeuw disse que um homem-bomba que atacou o aeroporto deixou um bilhete de Ibrahim El Bakraoui em um computador encontrado em uma lata de lixo no bairro de Schaerbeek, dizendo que se sentia cada vez mais inseguro e temia uma prisão. Ibrahim era belga e foi identificado através de impressões digitais.