A justiça francesa investigará uma sociedade de investimento luxemburguesa presidida pelo ex-diretor-gerente do FMI, Dominique Strauss-Kahn, até outubro de 2014, atualmente em quebra, para determinar se os antigos acionistas podem ter sido enganados.
O Ministério Público de Paris iniciou em 7 de março uma investigação judicial para esclarecer acusações de fraude organizada, apropriação indevida, entre outros crimes, informou nessa quinta-feira à AFP uma fonte próxima.
"Os investigadores se interessam pelo funcionamento da LSK a partir de 2007 e não apenas no período no qual Dominique Strauss-Kahn estava na direção do conselho de administração (entre setembro e outubro de 2014)", afirmou a fonte.
O advogado do antigo diretor-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Jean Veil, não comentou o caso.
Dominique Strauss-Kahn é acusado por vários acionistas de ter apresentado, no momento em que eles entraram no consórcio, uma situação financeira que não corresponde à realidade.
A LSK, que Strauss-Kahn queria converter em um fundo especulativo de 2 bilhões de dólares, foi declarado em falência em novembro de 2014, poucos dias depois do suicídio em Tel Aviv de seu fundador Thierry Leyne.
O ex-diretor-gerente do FMI deixou a sociedade poucos dias antes da morte de Leyne.
O fundo deixou um passivo de quase 100 milhões de euros, com o prejuízo de 150 credores, entre eles a Receita de Luxemburgo, disse uma fonte próxima ao caso.
A carreira de Strauss-Kahn, grande favorito para ocupar a presidência da França 2011, foi profundamente abalada em maio de 2011, quando uma funcionário do hotel Sofitel de Nova York, Nafissatou Diallo, o acusou de abuso sexual. O caso foi resolvido meses depois com um acordo financeiro confidencial.
Em junho, a justiça francesa o absolveu das acusações de organizar festas com prostitutas.