Primeiro-ministro belga promete "esclarecer" circunstâncias de atentados em Bruxelas

AFP

- Foto: Belgium OUT / AFP / BELGA / NICOLAS MAETERLINCK


O primeiro-ministro belga, Charles Michel, prometeu nessa quinta-feira que seu "governo e as autoridades competentes farão absolutamente tudo para esclarecer os atentados" de terça-feira em Bruxelas. "Não haverá impunidade (...) não pode haver áreas cinzentas", insistiu em um discurso solene no Parlamento ao terceiro dia de luto nacional na Bélgica.

De acordo com a imprensa belga, pouco antes, os ministros do Interior e da Justiça, Jan Jambon e Koen Geens, apresentaram suas demissões a Michel, que as recusou, pelos "erros" vinculados a um dos homens-bomba dos atentados de Bruxelas. "Confirmo que apresentei minha renúncia", declarou o ministro do Interior, Jan Jambon, citado pelo jornal Le Soir. O ministro da Justiça, Koen Geens também. Foram recusadas", disse. Segundo Jambon, houve erros da Justiça e de um oficial (belga) na Turquia".

Ancara afirmou na quarta-feira que um dos homens-bomba que agiu no aeroporto de Bruxelas, o belga Ibrahim El Bakraoui, foi detido em junho de 2015 na Turquia perto da fronteira com a Síria e expulso em julho para a Bélgica pela Holanda por ser um "combatente jihadista". O presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, assegurou que as autoridades belgas foram informadas.

Na quarta-feira à noite, Geens afirmou que as declarações a um canal de televisão flamenco que "não tinha antecedentes por terrorismo. Era um criminoso de direito comum em liberdade condicional".
Segundo informou nessa quinta-feira o jornal De Standaard, os serviços de segurança belgas não tiveram contato com El Bakraoui depois de sua chegada ao aeroporto de Amsterdã. Uma fonte do governo afirmou que os dois ministros se sentiram "politicamente responsáveis" pelo erro na vigilância de Ibrahim El Bakraoui.

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