A retomada de Palmira significa a primeira vitória importante do regime do presidente da Síria, Bashar al-Assad, contra o grupo extremista muçulmano sunita. Além disso, a área pode se converter em uma base para alcançar outras zonas controladas pelos militantes no leste do país. Uma intensificação da campanha aérea do regime e aviões russos apoiados por uma ofensiva em solo levaram os militantes a se retirar, segundo o grupo Observatório Sírio pelos Direitos Humanos, sediado em Londres.
Na sexta-feira, as forças do regime, com o apoio de aviões russos e militantes libaneses do grupo Hezbollah tomaram a parte antiga de Palmira, segundo a imprensa estatal.
Palmira é a principal cidade de uma rodovia que liga cidades controladas pelo governo, como Homs e a capital, Damasco, a Deir Ezzour, uma cidade dividida entre o regime e o Estado Islâmico. A cidade antiga de Palmira fica ainda em uma região de estradas que levam para o Iraque, onde militantes controlam algumas passagens fronteiriças entre os territórios sírio e iraquiano, e também de estradas que seguem para o sul da Jordânia.
O grupo extremista já usou as ruínas arqueológicas de Palmira como cenário para execuções, além de destruir várias dessas ruínas. Os militantes destruíram, por exemplo, o Templo de Bel, de 2 mil anos, qualificado pela Unesco como uma das mais importantes edificações religiosas daquela era. Para os extremistas, esses locais promovem a idolatria. A diretora-geral da Unesco, Irina Bokova, disse na quinta-feira que desejava ir à Síria e avaliar os estragos na cidade "assim que as condições de segurança permitam". Fonte: Dow Jones Newswires..