Pelo menos 56 pessoas morreram e dezenas ficaram feridas em uma explosão neste domingo à noite perto de um parque em Lahore, grande cidade do leste do Paquistão, onde cristãos celebravam a Páscoa, segundo uma autoridade local.
"O número de mortos subiu para 56.
"Requisitamos a ajuda do exército. Militares estão ajudando no resgate e na segurança", indicou.
Segundo ele, mulheres e crianças estão entre as vítimas, cujo número pode aumentar ainda mais, porque muitos feridos estão "em estado crítico".
Um balanço anterior evocava 25 mortos.
"Aparentemente trata-se de um atentado suicida (...) O parque estava lotado neste domingo", indicou por sua vez à AFP Haider Ashraf, um oficial da polícia, ressaltando que esferas de rolamento foram encontradas no local.
A explosão ocorreu em um estacionamento perto do parque de Gulshan-e-Iqbal, próximo ao centro da cidade, enquanto a comunidade cristã celebrava o domingo de Páscoa.
Em novembro de 2014, um atentado suicida dos talibãs em Wagah, na fronteira com a Índia, matou mais de cinquenta pessoas.
Nos últimos anos, as igrejas têm sido alvos de ataques em Lahore, reduto do primeiro-ministro Nawaz Sharif, na província de Punjab.
No Paquistão, grupos islâmicos armados atacam com frequência a minoria cristã, que representa cerca de 2% da população deste país muçulmano, predominantemente sunita, de 200 milhões de habitantes.
Alguns cristãos também foram acusados de ter ofendido o Islã, um crime punível com a pena de morte no Paquistão, segundo uma lei controversa de blasfêmia.
Neste domingo, a polícia disparou gás lacrimogêneo para dispersar cerca de 25.000 partidários de Mumtaz Qadri, um islamita executado no mês passado por matar em 2011 o governador de Punjab, Salman Taseer, que se manifestavam em Rawalpindi.
Mumtaz Qadri tinha reivindicado o assassinato, alegando querer vingar Salman Taseer, um político progressista que havia defendido Asia Bibi, uma cristã condenada à morte por blasfêmia.
A manifestação de Rawalpindi não foi transmitida pelos canais de notícias, uma vez que os meios de comunicação estão sujeitos a uma censura crescente do Estado que não quer ver esse tipo de protesto crescer no resto do país.
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