A oscarizada atriz Susan Sarandon manifestou suas reservas sobre votar em Hillary Clinton para a presidência americana, mesmo que o oponente seja o polêmico Donald Trump.
Ganhadora de um Oscar de melhor atriz por "Os Últimos Passos de um Homem" e estrela do clássico cult "Thelma e Louise", Susan é uma militante de alto perfil da campanha do senador Bernie Sanders, que enfrenta uma tarefa quase impossível de derrotar Hillary na corrida pela indicação democrata.
"É uma preocupação legítima, porque eles são muito apaixonados e com muitos princípios", disse a atriz, de 69, conhecida por seu ativismo, à rede MSNBC na segunda-feira ao ser questionada sobre o medo de que os simpatizantes de Sanders não apoiariam a ex-primeira-dama.
"Eu acho que Bernie provavelmente vai encorajar as pessoas (a apoiar Hillary, se ele perder), porque ele não tem ego algum nessa coisa", comentou.
"Mas eu acho que muitas pessoas estão 'desculpe, eu simplesmente não consigo fazer isso'", completou a atriz.
Ao ser questionada sobre seu próprio voto em um cenário entre Hillary e Trump, respondeu: "não sei. Vou ver o que acontece".
"Sério", frisou, quando o entrevistador expressou surpresa.
Nesta terça, ela rejeitou as insinuações de que preferiria votar em Trump, que defendeu a proibição de ingresso dos muçulmanos nos EUA, do que na pré-candidata que pretende fazer história, tornando-se a primeira presidente do país.
"LOL eu nunca votaria em Trump", tuitou, colocando um link para uma matéria que citava sua entrevista à televisão na noite anterior.
A atriz disse à MSNBC estar cansada do "status quo" e que queria um candidato que não aceitasse dinheiro de grandes corporações, ou de Wall Street.
Ela pareceu sugerir que Trump, um "outsider" na política, poderia levar a uma mudança mais radical do que a ex-primeira-dama.
"Algumas pessoas sentem que Trump vai trazer uma revolução imediata", comentou.
"Se ele entrar, então as coisas vão explodir realmente", acrescentou.
Susan Sarandon é uma das celebridades que têm manifestado seu apoio a Sanders, como o ator Danny DeVito e a cantora Bette Midler.
Já Hillary conta com uma constelação de famosos nas suas fileiras. No início do ano, a ex-secretária de Estado americana Madeleine Albright, que apoia a ex-senadora, disparou: "há um lugar especial no inferno para mulheres que não ajudam umas às outras".