O Congresso, que está sob o controle da oposição e em meio a um protesto dos governistas, começou o debate do projeto que foi uma das promessas da coalizão opositora na campanha eleitoral.
A maioria dos oposicionistas aprovou o projeto em um primeiro debate, em meados de fevereiro.
O texto contempla uma anistia para os chamados "presos e perseguidos políticos" dos últimos 17 anos que, segundo estimativas de ativistas dos direitos humanos, poderia beneficiar mais de 5 mil pessoas.
O projeto exclui da anistia as pessoas que cometeram crimes de guerra ou contra a humanidade, bem como autoridades que tenham cometido violações graves contra os direitos humanos.
A presidente da Comissão de Política Interior do Congresso, Delsa Solórzano, defendeu o projeto, dizendo que tem base constitucional, e afirmou que o país quer a reconciliação.
Durante a sessão, o deputado governista, Francisco Torrealba, se opôs ao projeto que chama de "a lei do autoperdão e da impunidade", argumentando que a aprovação traria confrontos ao país.
O presidente Nicolás Maduro disse que não está disposto a promulgar nenhuma lei de anistia, mas a maioria opositora sustenta que conta com o respaldo legal para levar o projeto adiante sem o apoio do mandatário.