O fundo de investimentos de Luxemburgo LSK, presidido até outubro de 2014 pelo ex-diretor do FMI Dominique Strauss-Kahn, criou 31 empresas em paraísos fiscais, informa o jornal Le Monde como parte da investigação sobre os "Panama Papers".
Segundo o jornal, que teve acesso a documentos do escritório de advocacia panamenho Mossack Fonseca, o LSK (Leyne Strauss-Kahn & Partners) ajudou os clientes a criar e administrar offshores nas Seychelles, nas Ilhas Virgens britânicas, Panamá e Hong Kong através de uma filial chamada Assya Asset Management Luxembourg (AAML).
"A maioria (das empresas) serviu para abrir contas bancárias na Suíça, Luxemburgo, Panamá ou Hong Kong, um sistema utilizado com frequência para dissimular a identidade real dos beneficiários dos fundos", afirma o jornal.
Le Monde recorda que o fundo LSK, atualmente em falência, exercia a atividade em paraísos fiscais antes da chegada à presidência de Dominique Strauss-Kahn, em outubro de 2013.
Contactada pelo jornal, a assessoria do ex-diretor gerente do FMI afirmou que ele "não estava envolvido na gestão diária dos fundos, menos ainda nas atividades de gestão de fortuna".
Dominique Strauss-Kahn já aparece em várias denúncias de antigos acionistas do LSK, que alegam não terem sido informados sobre a situação real do fundo.