A empresa americana Carnival confirmou nessa sexta-feira a "histórica viagem" de um cruzeiro de Miami para Cuba, o primeiro em meio século, depois que o governo cubano eliminou as restrições a cidadãos nascidos na ilha para retornar temporariamente por via marítima.
"A Carnival será capaz de viajar a ir e voltar de Cuba com passageiros que incluam pessoas nascidas em Cuba.
Cuba suspendeu nessa sexta-feira as restrições ao reingresso de cubanos por via marítima, tanto em barcos de marinha mercante como em cruzeiros, independentemente de sua situação migratória, em uma medida que entrará em vigor na próxima terça-feira.
Há uma semana a Carnival se encontrava em meio a uma turbulência política, por causa de protestos de cubano-americanos pela impossibilidade de poder comprar uma passagem de cruzeiro ao seu país de nascimento.
Com a onda de pressões, a Carnival chegou a anunciar que estava disposta a adiar seus cruzeiros a Cuba até que as autoridades em Havana eliminassem as restrições às pessoas nascidas em Cuba.
A suspensão anunciada pelo governo cubano, no entanto, permitiu à empresa retomar o plano previsto de iniciar seus cruzeiros a Cuba em 1º de maio.
De acordo com Donald, os cubanos que emigraram para os Estados Unidos antes de 1º de janeiro de 1971 precisarão de um visto especial, e os que saíram do país após essa data poderão viajar com o passaporte cubano.
"Estas são as exigências para viajar por ar, e entendemos que as exigências para viajar em cruzeiro serão similares", expressou o executivo.
"Temos certeza de que haverá pessoas nascidas em Cuba no cruzeiro, nessa primeira viagem", acrescentou.
O navio Adonia (com capacidade para 704 passageiros) zarpará de Miami em 1º de maio, com paradas em Havana, Santiago de Cuba e Cienfuegos.
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