A coalizão opositora espera recolher em 48 horas as quase 200 mil assinaturas necessárias para dar início ao processo, que pode retirar Maduro do poder antes do final de seu mandato.
Ao grito de "este governo vai cair" e entre bandeiras venezuelanas, várias centenas de pessoas formaram largas filas em Caracas para assinar as planilhas, que serão entregues nos próximos dias à autoridade eleitoral pelos opositores.
"Este referendo é uma esperança para nós venezuelanos", disse José Alberto Rondón, operário da construção de 38 anos.
Johny Briceño, comerciante de 26 anos, trouxe a família para assinar as planilhas. "Esta é uma mudança que esperamos para o país", disse, depois de esperar quase uma hora debaixo de intenso sol para poder firmar o abaixoassinado. "A situação está tão mal que qualquer sacrifício é pouco", acrescentou.
Em mais oito estados do país ocorreram concentrações massivas para recolher assinaturas.
Sem fazer menção aos atos da oposição, Maduro disse, durante discurso em Caracas, que "nada do que estão fazendo contra o governo tem viabilidade política e a revolução vai continuar na Venezuela até pelo menos 2018".
O início do recolhimento das assinaturas se dá um dia depois do Conselho Nacional Eleitoral entregar à oposição as planilhas requeridas para registrar as rubricas que devem ser validadas pelas autoridades eleitorais para dar início ao processo.
Para convocar o referendo são necessárias 197.978 assinaturas, que totalizam 1% dos eleitores venezuelanos maiores de 18 anos.
Se as autoridades eleitorais validarem estas assinaturas, a oposição poderá passar a outra fase do processo, que implica no recolhimento de quase quatro milhões de rubricas para ativar formalmente o referendo. Fonte: Associated Press..