O autor do atentado com carro-bomba que matou dois policiais no domingo em Gaziantep, no sudeste da Turquia, está ligado à organização Estado Islâmico (EI), informou nesta segunda-feira o ministro do Interior turco, Efkan Ala.
O ataque em frente à sede da polícia, que também deixou 22 feridos, foi cometido por um "membro de uma organização terrorista ligada ao Daesh (acrônimo em árabe do EI)", declarou Ala, acrescentando que cerca de 50 pessoas tinham sido levadas sob custódia em conexão com a investigação.
Ninguém reivindicou o ataque, que atingiu Gaziantep, grande cidade perto da fronteira com a Síria, uma semana depois de visitar vários líderes europeus, incluindo a chanceler alemã Angela Merkel e o presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk.
Em estado de alerta máximo, a Turquia foi atingida este ano por uma série de ataques atribuídos ao EI ou relacionados com a retomada do conflito curdo, causando dezenas de vítimas.
As forças de segurança turcas frustraram 49 ataques suicidas desde o início do ano, segundo afirmou o porta-voz do governo, Numan Kurtulmus.
Membro da Otan e da coalizão anti-jihadista liderada pelos Estados Unidos, a Turquia parece ter reforçado as suas operações contra o EI no norte da Síria, onde os jihadistas controlam áreas na fronteira turca.
Mais de 60 supostos membros do EI foram mortos no domingo na Síria pela artilharia turca e drones da coalizão, noticiou nesta segunda a agência de notícias pró-governo Anatolia.
Estes bombardeios foram realizados em resposta aos numerosos ataques com foguetes atribuídos ao EI contra a cidade turca de Kilis. Pelo menos 20 pessoas foram mortas em Kilis por projéteis disparados da Síria este ano.
"Nós discutimos outras medidas, contando com nossos próprios recursos e solidariedade internacional, para prevenir as ameaças do outro lado da fronteira", declarou Kurtulmus após uma reunião do conselho de ministros presidido excepcionalmente pelo chefe de Estado Recep Tayyip Erdogan.