Neste sábado, o Hezbollah anunciou que suas investigações apontaram os autores do atentado. De acordo com o grupo, a descoberta irá aumentar sua "vontade, determinação e resolução" para lutar contra os sunitas. Milhares de combatentes do Hezbollah, assim como militantes xiitas do Iraque, Irã e de outros países, estão lutando ao lado do governo da Síria contra os grupos extremistas sunitas na Síria, incluindo a al Qaeda e o Estado Islâmico.
Os detalhes da explosão que matou Badreddine não estão claros e oficiais da região levantam dúvidas sobre a natureza do ataque. O Hezbollah não anunciou quando o ataque aconteceu, e diferentemente dos ataques anteriores, que pareciam ter como alvo comboios e membros do grupo na Síria, o grupo xiita não culpou Israel imediatamente. O comunicado divulgado neste sábado, que apontava insurgentes sunitas como responsáveis pelo ataque, era vago e breve.
Além disso, o governo sírio não comentou o ataque, que teria ocorrido em uma área de alta segurança, nas proximidades do aeroporto, e apenas ofereceu condolências ao Hezbollah pelo que chamou de martírio de Badreddine.
Ao longo dos últimos cinco anos, a guerra civil na Síria, que começou como uma revolta contra o governo em 2011, se tornou uma batalha entre extremistas sunitas e xiitas de todo o mundo. Os grupos xiitas apoiados pelo Irã, incluindo o Hezbollah, são aliados das forças do governo sírio contra os rebeldes sunitas, apoiados pela Arábia Saudita, outros países do Golfo, Estados Unidos e algumas potências europeias.