A polícia do estado americano de Ohio iniciou na terça-feira uma investigação sobre o incidente ocorrido no zoológico da cidade de Cincinnati no sábado, quando um gorila foi abatido para salvar uma criança que tinha entrado na jaula do animal.
Após a investigação, as autoridades vão determinar se haverá acusações criminais vinculadas ao caso, informou em um comunicado o promotor Joseph Deters, do Condado de Hamilton, onde o zoológico está localizado.
"O incidente no Zoológico de Cincinnati envolvendo uma criança que caiu no cativeiro do gorila está sob investigação pelo Departamento de Polícia de Cincinnati", afirma a nota.
"Quando a investigação for concluída, a polícia vai conversar a promotoria sobre possíveis acusações criminais", acrescentou Deters.
No sábado, funcionários do zoológico atiraram e mataram Harambe, um gorila macho das planícies ocidentais de 17 anos e 180 quilos, após um menino de quatro anos ter ultrapassado uma barreira de quase cinco metros e caído em uma poça dentro do hábitat do animal.
O incidente gerou polêmica nos Estados Unidos, onde a televisão mostrou repetidas vezes as imagens do enorme primata com a criança.
Em alguns momentos do vídeo, Harembe parece tratar o menino de maneira carinhosa, e em outros de maneira mais bruta, arrastando-o pelo fosso cheio de água.
Na segunda-feira, o diretor do zoológico defendeu o abate do gorila, cuja espécie está ameaçada de extinção, alegando que a vida da criança estava em perigo.
A instituição afirmou, ainda, que usar tranquilizantes para deter o animal não era uma opção, já que uma flechada poderia assustá-lo, levando-o a agir agressivamente antes de o sedativo fazer efeito.
O caso provocou uma enxurrada de críticas e petições em plataformas on-line acusando o zoológico de ter matado o animal sem necessidade e a mãe da criança de negligência, por não ter supervisionado o filho de maneira adequada.