O campeão paralímpico sul-africano Oscar Pistorius, considerado culpado pelo assassinato de sua namorada em 2013, sofre de depressão e não é capaz de testemunhar no primeiro dia da audiência para estabelecer sua pena, afirmou um psicólogo.
"Mostrou indícios e sintomas de transtornos pós-traumáticos, transtornos de ansiedade e de depressão", declarou o psicólogo Jonatahn Scholtz.
"Atualmente não é capaz de testemunhar. Seu estado de saúde é grave", completou no tribunal de Pretória, que deve pronunciar esta semana a pena de Pistorius.
"Ele ficou muito traumatizado pelos fatos que aconteceram em 14 de fevereiro de 2013", dia do assassinato, "ainda se traumatiza quando escuta o barulho de armas de fogo", disse.
Oscar Pistorius "tinha projetos de futuro com a pessoa falecida", Reeva Steenkamp, destacou o psicólogo, antes de afirmar que o condenado "reza todos os dias".
Na madrugada de 13 para 14 de fevereiro de 2013, Oscar Pistorius matou a namorada Reeva Steenkamp em sua casa. Steenkamp estava trancada no banheiro e ele deu quatro tiros contra a porta. O atleta alegou que acreditava que era um ladrão e que matou a companheira por engano.
Pistorius foi considerado culpado de assassinato no julgamento da apelação e pode ser condenado, no mínimo, a 15 anos de prisão.
Famoso por também ter competido nos Jogos Olímpicos de Londres-2012, antes dos Jogos Paralímpicos, o atleta conhecido como "Blade Runner" por suas próteses de fibra de carbono continua em liberdade, mas esgotou todas as possibilidades de recursos judiciais.