"Existem fortes indícios de radicalização e uma inspiração potencial por organizações terroristas estrangeiras", disse Comey, acrescentando que os motivos pelo qual o atirador realizou o ataque ainda são desconhecidos.
O diretor afirmou ainda que o assassino, que vivia no Estado da Florida, foi identificado pelas autoridades como Omar Mateen.
Segundo Comey, Omar Mateen proferiu gritos incongruentes durante o ataque no qual ele jurou apoio ao grupo terrorista Estado Islâmico (EI), aos bombardeiros da Maratona de Boston e a um homem-bomba ligado a um grupo em conflito com os jihadistas no Iraque. Intolerância à homossexualidade também é uma hipótese considerada pelos agentes do FBI.
O serviço de inteligência norte-americano investigou Omar Mateen por duas vezes. A primeira investigação começou em maio de 2013, quando ele trabalhava como segurança de um tribunal local. À época, ele teria dito aos colegas de trabalho que tinha familiares ligados ao Al-Qaeda e que era membro do Hezbollah. Ambos os grupos são adversários do Estado Islâmico.
"Ele admitiu ter feito as declarações que seus colegas de trabalho relataram, mas explicou que fez por raiva, porque achava que seus colegas estavam o discriminando e provocando por ser muçulmano", afirmou Comey.
Em julho de 2014, Mateen voltou a ser observado pelo FBI após o serviço de inteligência iniciar as investigações de um homem-bomba na Florida ligado a um grupo fiel a Al-Qaeda. Ele chegou a ser interrogado, mas a única conexão com o suicida foi dada como casual por frequentarem a mesma mesquita.