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Estado de Minas

Ex-mulher diz que autor de massacre em Orlando ''tinha tendências homossexuais''

Sitora Yusifiy, que hoje vive com um brasileiro no interior do Colorado, também afirmou que Omar Mateen era um homem violento e instável emocionalmente


postado em 14/06/2016 10:48 / atualizado em 14/06/2016 17:19

Ex-mulher de Omar Mateen, concedeu entrevista exclusiva a repórter do SBT (foto: Reprodução/ SBT)
Ex-mulher de Omar Mateen, concedeu entrevista exclusiva a repórter do SBT (foto: Reprodução/ SBT)

Hoje vivendo com um brasileiro em Boulder, interior do Colorado, Sitora Yusifiy, ex-mulher de Omar Mateen, o homem que invadiu a boate gay Pulse, em Orlando, matou 49 pessoas a tiros e feriu 53, revela que o ex-marido era violento, instável e "tinha impulsos homossexuais".

Imigrante do Uzbequistão, Sitora conheceu Mateen pela internet, viveu com ele por quatro meses e disse que só conseguiu escapar de Omar porque a família dela a resgatou. Interrogada pelo FBI, Sidora relatou que sofreu vários abusos quando vivia com Mateen e que ele era psicologicamente instável. A mulher afirmou aos policiais norte-americanos não acreditar que o ex-marido tenha qualquer tipo de ligação com organizações terroristas.

Assista aqui a entrevista da ex-mulher do atirador da boate em Orlando

As afirmações de Sitora Yusifiy foram feitas ao SBT, que transmitiu entrevista com ela na noite de segunda-feira. O brasileiro Márcio Dias, noivo de Sitora e com quem ela agora mora, contou que a companheira lhe disse que Mateen "tinha tendências homossexuais" e que o pai do autor do massacre em Orlando por várias vezes chamou o filho de "gay". Mário acrescentou que Sitora informou isso aos agentes do FBI aos quais prestou depoimento e que os policiais pediram a ela que não revelasse essas informações para mídia norte-americana.

Cliente da Boate

Nesta terça-feira, o jornal Orlando Sentinel publicou declarações de várias pessoas que afirmaram que Mateen era um frequentador regular da boate gay Pulse, o local do massacre. "Às vezes, ele sentava em um canto para beber sozinho, outras vezes ficava tão bêbado que era barulhento e ofensivo", disse Ty Smith ao jornal.

Kevin West, outro frequentador regular da Pulse, disse ao jornal Los Angeles Times que trocou mensagens com Mateen em um aplicativo homossexual. Outros clientes da casa noturna afirmaram à imprensa que Mateen havia utilizado aplicativos gays, como o Grindr, para estabelecer contatos.

A descrição representa uma contradição com as declarações dos parentes do criminoso, que o classificaram como um homem abusivo, violento, instável e homofóbico. O FBI investigou Mateen em 2013 e 2014 "por eventuais vínculos com terroristas", mas as ações foram arquivadas por falta de provas.

A hipótese de uma pista homossexual, caso confirmada, poderia ajudar o FBI a sair de uma situação difícil, já que a Polícia Federal americana observou a radicalização de Mateen, mas não evitou que ele concretizasse o ataque. Liberado pelo FBI e sem antecedentes judiciais, Mateen tinha duas licenças de porte de armas e adquiriu, de forma completamente legal alguns dias antes do ataque, uma arma curta e outra maior.

"Se o FBI o vigia por suspeitas de ter vínculos com terroristas, (Mateen) não deveria estar em condições de comprar uma arma", criticou, de forma indignada, a candidata democrata à presidência Hillary Clinton, que defende o reforço dos controles sobre a posse de armas.

Com informações da Agência Estado


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