O autor do massacre em Orlando, de origem afegã, disse aos reféns retidos em um banheiro da boate Pulse que queria impedir os Estados Unidos de continuar "bombardeando seu país", revelou uma sobrevivente.
"Todo mundo pode escutá-lo falar no 911 (emergência policial) e dizer por que motivo realizou o ataque. Ele queria que os Estados Unidos deixassem de bombardear seu país", explicou Patience Carter em entrevista coletiva em um hospital de Orlando.
"Na conversa, manifestou sua lealdade ao EI", o grupo extremista Estado Islâmico, afirmou a jovem, ferida na perna durante o massacre que deixou 49 mortos e 53 feridos.
Segundo Carter, o atirador perguntou no banheiro "há negros aqui?".
"Tive muito medo de responder (por ser negra), mas um homem disse: 'sim, somos seis, ou sete'".
O atirador respondeu que "não tinha problema com os negros" e disse que "o problema é com o meu país".
A partir desse momento, "soubemos que não pararia de atirar até que o matassem e sua mensagem saísse dali".
Antes da entrada das forças especiais (SWAT) na boate, o atirador "afirmou que 'a polícia vai nos atacar, mas tudo bem, temos franco-atiradores lá fora'", revelou a jovem.