Merkel afirmou ainda que acredita que Londres quer colocar em prática as decisões tomadas no referendo da última quinta-feira (23) e voltou a defender uma solução rápida. "A questão não deve permanecer bloqueada por muito tempo", alertou, lembrando que até que um acordo seja definido, o Reino Unido continua sendo um membro pleno da UE, com todos os seus direitos e obrigações.
A Alemanha é, atualmente, a maior economia e a mais atuante dentro da UE. Além disso, Berlim foi um dos maiores entusiastas da criação do grupo, que ajudaria em sua reintegração no continente após a 2ª Guerra Mundial.
Diplomacia
Em reunião realizada hoje (25) em Berlim, chanceleres dos seis países fundadores da União Europeia pediram que a saída do Reino Unido do bloco aconteça o quanto antes. Os ministros das Relações Exteriores de Alemanha, Frank-Walter Steinmeier, da Itália, Paolo Gentiloni, Holanda, Bert Koenders, França, Jean-Marc Ayrault, Bélgica, Didier Reynders, e de Luxemburgo, Jean Asselborn, se encontraram para discutir os efeitos da saída do Reino Unido do bloco.
“Este processo tem que começar o mais rápido possível", disse Steinmeier, que apelou para que os britânicos evitem “atrasos” na negociação e “se concentrem no futuro da Europa".
O premier italiano, Matteo Renzi, viaja ainda hoje para Paris, onde se reunirá com o presidente da França, François Hollande. "Será um encontro informal, amigável, no qual também se debaterão questões políticas ligadas ao Brexit”, informaram interlocutores do Palácio do Eliseu.
Na segunda-feira (27), o líder político italiano estará em Berlim para uma reunião trilateral com Hollande e Merkel, para também discutir a saída britânica da UE. Além de questões práticas da União Europeia, o encontro deve definir estratégias para frear movimentos semelhantes em outras nações..