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Estado de Minas

Franco-atirador de Dallas disse que queria matar policiais brancos

Homem que foi abatido pela polícia depois dos tiroteios afirmou que não estava afiliado a qualquer grupo. Cinco policiais de Dallas foram mortos durante um protesto na cidade


postado em 08/07/2016 10:07 / atualizado em 08/07/2016 12:29

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(foto: AFP/Laura Buckman )

O homem que foi abatido pela polícia depois dos tiroteios da noite de quinta-feira em Dallas afirmou que não estava afiliado a qualquer grupo e que queria apenas matar policiais brancos, revelou nesta sexta-feira o chefe de polícia de Dalla, David Brown.

O policial afirmou que o suspeito foi morto por um artefato explosivo detonado pela polícia durante o incidente. Brown também fez um dramático apelo à unidade, afirmando que "isso tem que acabar, esta divisão entre nossa polícia e nossos cidadãos".

"Os policiais de Dallas estão abalados. Nosso coração está partido. Não há palavras para descrever a atrocidade que ocorreu em nossa cidade", acrescentou.

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, afirmou que o tiroteio em Dallas foi planejado e que todos os envolvidos serão punidos. Cinco policiais de Dallas foram mortos durante um protesto na cidade, após dois homens negros terem sido mortos pela polícia em Louisiana e Minnesota.

Obama condenou o “ataque cruel, desprezível e calculista” em Dallas. “Todos envolvidos nesses ataques insensatos serão plenamente responsabilizados, a justiça será feita”, declarou o presidente norte-americano, em entrevista coletiva, em Varsóvia.

A polícia acredita que o tiroteio em Dallas contra os policiais foi executado por quatro indivíduos que atuaram em conjunto. Atualmente, a polícia de Dallas promove uma extensa operação no centro da cidade, após um suspeito do tiroteio, no início do dia, ter dito que havia bombas plantadas na área.
Balanço Os cinco mortos e nove feridos foram confirmados pelo prefeito de Dallas, Mike Rawlings. Ele também confirmou a morte de um suspeito em um confronto com a polícia e disse que os outros suspeitos detidos "não estão sendo realmente cooperativos".

O centro de Dallas se transformou nesta sexta-feira em uma gigantesca área de investigações de agentes, esquadrões antibombas e especialistas em balística.

Um dos suspeitos dos disparos, que estava entrincheirado em um edifício, morreu após um cerco policial, marcado por horas de tensão. O homem afirmou que havia bombas espalhadas pelo centro de Dallas, o que levou a polícia a mobilizar o esquadrão antibombas na área e bloquear o tráfego para procurar explosivos.

Em Varsóvia, onde desembarcou nesta sexta-feira para participar de uma reunião de cúpula da Otan, o presidente Barack Obama denunciou um ataque "perverso, calculado e desprezível contra as forças de segurança". "Não há uma justificativa possível a este tipo de ataques ou qualquer tipo de violência contra as forças de segurança", disse.

De acordo com a imprensa local, o balanço do incidente é o mais grave contra as forças policiais desde os ataques de 11 de setembro de 2001.

O chefe da polícia de Dallas, Max Geron, anunciou no Twitter que peritos realizam "amplas operações" em toda a área de Dallas. O serviço de transporte público foi desviado e restrições ao espaço aéreo foram anunciadas.

Caos total "Havia negros, brancos, latinos, de tudo. Era o protesto de uma comunidade mista. E (os tiros) vieram do nada. Ficamos com a impressão de que atiravam na nossa direção. Foi o caos total, uma coisa de loucos", disse uma testemunha.

Uma mulher identificada como Shetamia Taylor, que compareceu ao protesto com os quatro filhos, foi ferida em uma perna durante a manifestação.

Ao final do protesto em Dallas, dois homens "começaram a atirar contra os policiais a partir de uma posição elevada", afirmou o chefe de polícia, David Brown.

Uma mulher que estava na mesma área da garagem do suspeito entrincheirado foi detida, assim como outros dois suspeitos que tinham bolsas de camuflagem em seu carro. "Infelizmente não temos a certeza de ter detido todos os suspeitos", disse Brown.

Várias testemunhas publicaram vídeos e áudios sobre a situação, nos quais é possível observar e escutar as rajadas de tiros e as sirenes das viaturas policiais.

Ismael DeJesus conseguiu fazer um vídeo no momento em que estava escondido no Crown Plaza Hotel durante o tiroteio. As imagens mostram um homem executando um policial. "Pareceu uma execução, para falar honestamente. Ele parou sobre ele depois que (o policial) já estava no chão. Atirou talvez três ou quatro vezes nas costas", disse.

Outros vídeos exibidos por canais de televisão mostram um homem posicionado nas escadas de um edifício e com uma arma longa, atirando contra os agentes.

Em uma área do hospital Parkland, policiais improvisaram uma homenagem aos policiais que morreram e ficaram feridos. Este é mesmo hospital para o qual o então presidente John Kennedy foi levado depois de ser atingido pelos tiros que provocaram sua morte em Dallas em 1963.


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