O homem suspeito de abrir fogo contra policiais em Dallas, matando cinco deles e ferindo outros sete, foi identificado como o morador do Texas Micah Johnson, de 25 anos, informaram meios de comunicação americanos nesta sexta-feira.
Johnson vivia no subúrbio de Mesquite, em Dallas, informaram a CBS News e a NBC News. Ele foi morto em uma tensa troca de tiros com a polícia após o ataque, que também deixou dois civis feridos.
Antes de ser abatido, Johnson disse que não pertencia a nenhum grupo organizado e que apenas queria "matar policiais brancos", segundo informou o chefe da polícia de Dallas.
A polícia conseguiu encurralar Johnson em um prédio e tentou negociar a rendição. Na negociação, também disse ter instalado bombas em todo centro de Dallas, apesar de especialistas em explosivos não terem achado qualquer artefato. Johnson morreu depois que a polícia utilizou um robô com explosivos enviado ao local em que ele se entrincheirou.
Dois dos cinco policiais mortos foram identificados como Brent Thompson, de 43 anos, que trabalhava na agência de trânsito, e Patrick Zamarripa, do Departamento de Polícia de Dallas. Parentes e amigos das vítimas usaram as redes sociais para lamentar os assassinatos.
No total, 11 policiais foram baleados. Segundo relatos de testemunhas (veja vídeo), a manifestação estava sendo feita de forma pacífica e visava a protestar contra a ação da polícia que, anteriormente, nos estados de Minnesota e Louisiana, atirou e matou duas pessoas de cor negra. Segundo testemunhas, os suspeitos aparentemente não faziam parte da manifestação de Dallas e atiraram intencionalmente nos policiais que acompanhavam os protestos.
Três pessoas foram presas e um quarto suspeito estava sendo procurado na madrugada de hoje (8), depois de trocar tiros com policiais.
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Causas
O tiroteio em Dallas teve início às 20h45, quando centenas de pessoas se reuniram no centro da cidade para protestar contra a morte de dois negros, em ações executadas por policiais brancos, em duas cidades: em Baton Rouge, Louisiana, terça-feira (5), que resultou na morte de Alton Sterling; e em Saint Paul, Minnesota, quarta-feira (6), que provocou a morte de Philando Castile. Os dois episódios tiveram ampla repercussão no país porque foram filmados por aparelho celular e colocados no Facebook.
O que causou mais impacto foi o vídeo em que a namorada de Castile, Lavish Reynolds, registrou os momentos que se seguiram a disparos da polícia. No vídeo, Lavish Reynolds aparece sentada no banco do passageiro de um veículo com o namorado, ainda vivo, no assento do motorista e com uma camisa branca manchada de sangue. A filha de Lavish, de 4 anos, também estava no carro.
Em Chicago, manifestantes interromperam ontem um trecho da via Dan Ryan, uma das principais da cidade.
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