Um juiz federal dos Estados Unidos deferiu parte de uma ação do ator Bill Cosby por violação de um acordo de confidencialidade contra um jornal e uma mulher que o levou à Justiça por um caso de agressão sexual.
No entanto, na decisão emitida na sexta-feira, o juiz da Pensilvânia (leste) Eduardo Robreno deu razão à acusadora Andrea Constand, por ter informado às autoridades detalhes da agressão sofrida em 2004, alvo de um acordo financeiro um ano depois.
"O tribunal negará a moção de Andrea Constand para desconsiderar o pedido de rompimento de contrato contra ele, exceto sobre a reivindicação vinculada com alegações sobre as quais informou voluntariamente às autoridades", destacou Robreno.
Neste sentido, o magistrado aceitou os apelos de Cosby contra a mulher relativas a uma entrevista concedida ao jornal Toronto Sun em 2015 e tuítes de 2014, e contra o jornal The Philadelphia Inquirer por notas publicadas no ano passado.
Cosby, de 79 anos, pode ser condenado a até 10 anos de prisão se for considerado culpado na corte da Pensilvânia de agressão sexual com agravante contra Constand em sua casa na região leste dos Estados Unidos.
Após ser denunciado pela mulher em uma instância civil poucos meses depois dos fatos, ocorridos no começo de 2004, Cosby aceitou dar seu testemunho antes de alcançar um acordo financeiro em 2005 com uma cláusula de confidencialidade.
O procurador se apoiou em trechos desta antiga audiência verbal para acusar o ator.
Os advogados de Cosby disseram nesta segunda-feira estar "muito satisfeitos com a ordem do tribunal" a favor de seu cliente.
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