A polícia alemã estabeleceu que o autor do tiroteio em Munique era fascinado por histórias de massacres como o cometido pelo norueguês Anders Behring Breivik em seu país, há cinco anos.
Breivik, defensor da ideologia de extrema-direita, agiu sozinho e descreveu suas ações como "cruéis, mas necessárias".
Em 22 de julho de 2001, ele explodiu uma bomba no centro de Oslo e posteriormente, desencadeou uma verdadeira caçada humana em uma ilha onde era realizada uma colônia de férias da juventude do Partido Trabalhista.
Durante mais de uma hora perseguiu cerca de 600 adolescentes aterrorizados que não podiam deixar a ilha. A maioria morreu baleada na cabeça.
Ele preparou com muita antecedência a operação que resultou na morte de 77 pessoas. Pouco antes de passar à ação, divulgou na internet um manifesto de 1.500 páginas, contendo injúrias islamofóbicas e antimarxistas.
O documento revelava que o ataque já estava sendo preparado desde 2009.
"Serei visto como o maior monstro nazista desde a Segunda Guerra Mundial", escreveu Breivik, que se apresentou como um cruzado defensor "do uso do terrorismo como um meio de despertar as massas".
Alto, louro, com o olhar perscrutante, Breivik jamais demonstrou arrependimento por seus atos, ao contrário, continuou a defendê-los durante seu julgamento e mesmo na prisão.
A condenação a 21 anos de prisão saiu em 24 de agosto de 2012. Ele sorriu ao ouvir o veredicto, fez a saudação de extrema-direita e pediu desculpas a seus seguidores por não ter conseguido matar mais pessoas no ataque.
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