Jornal Estado de Minas

Parlasul busca mediar crise pela presidência do Mercosul

O Parlamento do Mercosul (Parlasul) montará um grupo "de alto nível" para tentar destravar a crítica situação que o bloco regional atravessa pela questionada presidência pro tempore da Venezuela, informou nesta sexta-feira seu titular, o argentino Jorge Taiana, em um comunicado à imprensa.

A Mesa Diretora do Parlasul, composta pelos vice-presidentes do organismo e Taiana, destacou a "importância de resguardar a integração regional e o Mercosul sobre todas as coisas".

Com esse objetivo, decidiram constituir uma "comitiva de alto nível" que se reunirá com as autoridades dos países-membros do bloco: Brasil, Argentina, Paraguai, Uruguai e Venezuela.

A iniciativa pretende "buscar o consenso entre as partes e ajudar a destravar o conflito em torno da presidência do bloco", indicou o comunicado.

"Temos uma grande preocupação com a crise e a possibilidade de paralisação do Mercosul e por isso decidimos criar um grupo de alto nível composto por essa Mesa Diretora do Parlasul que atuará como um grupo de bons ofícios", explicou Taiana.

"Vamos realizar as gestões necessárias para evitar retrocessos e paralisações no Mercosul. Queremos diminuir as tensões e buscar soluções", insistiu o ex-chanceler argentino.

O Uruguai deixou a presidência do Mercosul no final de julho, após completar seu período de seis meses à frente do bloco, sem um ato de passagem formal à Venezuela, que por ordem alfabética é a seguinte no posto.

Montevidéu pretendia se ajustar a essa determinação, mas se chocou com o Brasil, Paraguai e Argentina, que se opõem à Venezuela ser a cara visível do Mercosul em meio a crise política que o país atravessa.

Esses três países alegam também que Caracas não se adequou à legislação do bloco, onde ingressou em 2012.

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