Donald Henderson, o médico americano e agente da saúde pública que liderou uma bem sucedida luta global para erradicar a varíola nos anos 1960 e 1970, salvando milhares de vidas, morreu, aos 87 anos.
Conhecido com D.A., Henderson era considerado um "gigante" da saúde pública, afirmou Michael Klag, reitor da Escola de Saúde Pública Johns Hopkins Bloomberg, posição antes ocupada por Henderson.
"Henderson fez com que a Organização Mundial de Saúde fosse bem sucedida nos 10 anos em que se esforçou para erradicar a varíola, uma das maiores conquistas da saúde pública na História", afirmou Klag em uma declaração ao anunciar sua morte. "A varíola é a única doença humana que já foi completamente erradicada".
Henderson morreu na sexta-feira, em Baltimore, devido a complicações por uma fratura no quadril, afirmou em um comunicado o Centro Médico da Universidade de Pittsburgh - onde ele era um acadêmico.
Funcionário do Centro de Doenças Transmissíveis, anteriormente chamado de Centro para Controle e Prevenção de Doenças, ele foi selecionado em 1966 para comandar os esforços, aparentemente inúteis, da erradicação da varíola.
Primeiramente conhecida como "praga", a doença foi uma das mais mortais da História, matando cerca de 300 a 500 milhões de pessoas somente no século XX.
Henderson supervisionou a implementação de um programa de vacinação sistemática que tinha por objetivo isolar os focos, ao invés de tentar a vacinação em massa. A campanha foi declarada um sucesso em 1980.
"D.A. Henderson verdadeiramente mudou o mundo para melhor", disse, em um comunicado, Tom Inglesby, do Centro Médico da Universidade de Pittsburgh. "Com tudo isso, ele ainda teve tempo para ser um mentor para inúmeros jovens e foi um grande amigo. Ele é insubstituível".
Henderson deixa sua esposa Nana, sua filha Leigh e seus filhos Douglas e David.