Quase 300 pessoas foram detidas na França desde janeiro por vínculos com "redes terroristas", declarou neste sábado o ministro do Interior, Bernard Cazeneuve, que elogiou os resultados obtidos pelas forças de segurança ante a ameaça extremista.
Dois dias depois da detenção de mulheres jihadistas que, segundo as autoridades, preparavam um novo atentado na França, o ministro informou que "293 indivíduos, envolvidos em redes terroristas, foram detidos desde o início do ano".
"São tantas redes desmanteladas como atentados evitados", disse em Chateauroux (centro), sem informar se as detenções foram acompanhadas por indiciamentos, prisões ou libertações.
A menos de oito meses da eleição presidencial na França, parte da oposição de direita e extrema-direita acusa o governo socialista de ser muito frágil nas questões de segurança e defendem mudanças na lei para, por exemplo, deter sem julgamento pessoas radicalizadas.
Na quinta-feira o presidente francês François Hollande - que ainda não anunciou se será candidato à reeleição - defendeu seu balanço na área de segurança, ao mesmo tempo que se apresentou como um avalista do Estado de direito.
A França sofreu desde janeiro de 2015 uma série de atentados violentos, a maioria reivindicados pelo grupo Estado Islâmico (EI), que mataram quase 240 pessoas.