A coalizão internacional que combate o grupo Estado Islâmico (EI) muito provavelmente matou por erro combatentes sunitas aliados das forças governamentais iraquianas, em um bombardeio nesta quarta-feira perto de Mossul, informou um oficial americano, destacando que o caso está sendo investigado.
O bombardeio aéreo liquidou 21 combatentes de tribos sunitas nos arredores de Mossul, cidade do norte do país sob o controle do EI, de acordo com oficiais iraquianos.
O ataque aconteceu à 01H00 ao leste de Qayarah, cidade ao sul de Mossul que as forças do governo retomaram em agosto do EI.
Segundo um comunicado do Comando Conjunto das forças americanas no Oriente Médio (Centcom), será realizada uma "investigação conjunta" das forças iraquianas e da coalizão a fim de se esclarecer os fatos.
Os bombardeios foram "coordenados" pelo governo em Bagdá, em apoio às forças iraquianas, que "solicitaram o ataque", segundo o comando americano.
O objetivo do bombardeio era "um prédio utilizado pelo grupo Estado Islâmico", de onde os jihadistas "disparavam contra as forças iraquianas", acrescenta o comunicado.
O xeque Nazhan Sakhr al Lihaybi, comandante das forças sunitas mortas pelo bombardeio, informou que seus homens foram atingidos quando se reagrupavam após repelir um ataque do EI.
O ministro da Agricultura, Falah Hasan Zeidan, que pertence a uma tribo da região de Qayyarah, confirmou o número de 21 mortos no bombardeio, que deixou ainda quatro feridos.
Há duas semanas, outro bombardeio da coalizão internacional matou por erro 90 militares do Exército sírio.
O ataque desta quarta-feira ocorre no momento em que as forças pró-governo se preparam para uma grande ofensiva contra Mossul.
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