O presidente do Banco Central Europeu, Mario Draghi, disse neste sábado que o voto do Reino Unido pelo Brexit colocam em dúvida as perspectivas de médio prazo sobre o crescimento da Eurozona.
Na reunião anual do Fundo Monetário Internacional (FMI) e o Banco Mundial, Draghi disse que seria muito otimismo achar que o Brexit não terá consequências.
"Especialistas notaram que o efeito de curto prazo sobre o referendo no Reino Unido foram menos dramáticos do que o esperado", disse.
"Mas pensar que não haveria qualquer consequência seria esperar muito", completou, explicando que a extensão das consequências dependerá do tempo que vai levar a saída britânica da União Europeia.
"Certamente essa é outras das incertezas que ensombrecem o panorama do crescimento", afirmou.
A declaração parece um reconhecimento implícito de que participantes das reuniões discutiram privadamente essa questão e a queda sofrida na sexta-feira pela libra esterlina em relação ao dólar.