A procuradora-geral dos Estados Unidos, Loretta Lynch, rejeitou nesta quinta-feira (20) as insinuações de Donald Trump sobre a manipulação eleitoral a favor da democrata Hillary Clinton.
Em declarações dadas em Roma, pouco antes dos últimos comentários de Trump sobre o assunto, Lynch disse não existir razões para crer que haveria um perigo real de cédulas falsas, eleitores impedidos de exercer seu direito de votar, ou contas falsificadas.
Em diferentes ocasiões, Trump afirmou que a classe dirigente dos Estados Unidos está tão desesperada para que Hillary ganhe as eleições que o resultado poderia ser distorcido a seu favor.
Em suas últimas declarações, em Delaware (nordeste), o candidato republicano à Casa Branca disse hoje que aceitaria "um resultado claro das eleições" do mês que vem, mas se reservou o direito a apelar legalmente do resultado, se achar que é "questionável".
Sobre comentários parecidos feitos por Trump na quarta-feira antes do debate com Hillary, a procuradora-geral afirmou que o Departamento de Justiça consideraria qualquer recurso que se apresentasse no órgão.
Ela acrescentou, porém, que "neste momento, não acho que seja útil especular sobre se investigaríamos ou não algo, enquanto não virmos qualquer ameaça atual".
Lynch ressaltou que o Departamento de Justiça estava trabalhando de forma estreita com os estados do país para verificar que seus sistemas sejam seguros frente ao risco de "hackers, ataques (cibernéticos) e coisas assim".
"Acreditamos que seja muito difícil para qualquer pessoa de fora influir no resultado. Temos uma grande confiança no nosso sistema eleitoral", sentenciou.
Lynch também disse que seu Departamento foi informado pelos especialistas em Inteligência sobre as supostas tentativas da Rússia de influenciar as eleições, por meio de seu envolvimento em vazamentos considerados prejudiciais para Hillary.
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