O secretário de Estado americano, John Kerry, negou neste domingo ter cooperado com o FBI depois que a polícia federal relançou o caso do uso de um servidor privado para enviar e-mails pela candidata presidencial Hillary Clinton.
"Não, nada me foi notificado, não, não me perguntaram nada, não, eu não tenho nenhuma informação sobre qualquer pedido feito à secretaria de Estado, e não tenho mais comentários a fazer sobre o assunto", disse John Kerry durante uma visita à Irlanda.
O diretor do FBI, James Comey, anunciou na sexta-feira que novas mensagens da ex-secretária de Estado Hillary Clinton foram descobertas e que seriam examinadas por investigadores, outro episódio em um caso que assola a campanha democrata, a apenas dez dias da eleição presidencial.
O Departamento de Estado já havia negado qualquer troca de favores com o FBI em 2015 para reduzir a classificação de um e-mail confidencial de Hillary Clinton.
Em Portugal para discutir, em especial, o processo de paz na Irlanda do Norte, John Kerry também recebeu o Prêmio da Paz Tipperary, em reconhecimento aos seus esforços para a paz no mundo.
O secretário, que visitará Londres na segunda-feira, assegurou que os americanos continuam a "se envolver, diariamente, para encontrar uma solução para o desastre humanitário em Aleppo e a guerra" na Síria.
Kerry também expressou seu compromisso com as negociações sobre o TTIP (ou TAFTA), o acordo comercial que visa eliminar as barreiras alfandegárias e regulamentos entre os Estados Unidos e a UE. "Estamos prosseguindo com as negociações e, dependendo de quem vai ser eleito presidente dos Estados Unidos, não acredito que as negociações vão acabar", disse ele.