A impressionante reviravolta do magnata Donald Trump, 70 anos, com a vitória republicana na corrida à Casa Branca foi pontuada por momentos de tensão na madrugada. O empresário e apresentador de reality show mostrou que a realidade pode ser mesmo um espetáculo de final imprevisível. Na eleição mais disputada da história daquele país, Trump se elege presidente de uma das maiores potências mundiais. Imagens que mostram o antes e depois dos apoiadores de cada um dos partidos dão a exata dimensão do que ocorreu.
Os republicanos (foto 1 e 2)
Os democratas (foto 3 e 4)
O estado da Flórida - de forte comunidade latina - foi o primeiro potno de virada. A partir daí, a eleição começou a contrariar as previsões de analistas políticos. Hillary confirmou vitória na Califórnia, mas perdeu na maior parte dos estados-pêndulo. Os sinais da mudança de rumos no resultado aumentaram com um post de Hillary em sua página no Twitter. “Esse time tem muito para se orgulhar. Independentemente do que acontecer hoje à noite, obrigada por tudo”, escreveu.
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Então, foi a vez do republicano ir ao Twitter compartilhar uma imagem de seus correligionários ansiosos.
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Mesmo com o resultado da Califórnia, no meio da madrugada, a democrata não conseguiu abrir vantagem e o próprio New York Times, contrário ao então candidato Donald Trump, reviu suas projeções de resultado e anunciava forte possibilidade para a vitória do empresário.
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A tensão se manteve na apuração concorrida cabeça a cabeça na Pensilvânia (20), onde Hillary nasceu – nem isso foi suficiente para conseguir a vitória. E, como em um final de novela ruim, o desfecho demorou.
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Enquanto isso, os mercados desabavam nas bolsas de valores mundo afora. Em Tóquio, a Bolsa de Valores perdeu quase 5% no princípio da tarde. O assunto dominou a internet durante o dia. Nos Estados Unidos, por volta das 10h, nove dos 10 assuntos mais citados no Twitter diziam respeito à votação. Às 13h, eram sete. Às 17h, oito. Nos temas comentados do Brasil, a hashtag #EleicoesnosEUA esteve na liderança.
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Por volta das 5h, o porta-voz da campanha de Hillary subiu ao palco do Javits Center, em Nova York, e o mundo imaginou que se trataria do tradicional discurso de reconhecimento da derrota. Ele mandou o pessoal para casa, disse que cada voto importava, que tinha orgulho de Hillary e de todo o trabalho da campanha. "Não terminou ainda!", disse, para ovação da plateia democrata.
O que vem por aí
Incorporador de imóveis de luxo e apresentador de reality shows, Trump movimentou o próprio partido ao falar sem censura sobre temas como a imigração, o porte de armas, o combate ao terrorismo. Entre as propostas do candidato, está a construção de um muro na fronteira com o México para impedir a imigração ilegal e o crime organizado cuja conta seria paga pelo país vizinho.