O Tribunal de Cassação egípcio anulou nesta terça-feira a sentença de morte decretada contra o ex-presidente islamita Mohamed Mursi e ordenou um novo julgamento perante um tribunal militar, indicou à AFP uma fonte da justiça.
Mursi foi condenado à morte em junho de 2015, em um julgamento por seu papel em fugas da prisão e ataques contra a polícia durante a revolta de 2011 que derrubou Hosni Mubarak.
O Tribunal de Cassação também anulou as condenações de cinco dos co-réus de Mursi, incluindo o ex-guia supremo da Irmandade Muçulmana, Mohamed Badie.
No mesmo julgamento, cerca de cem pessoas também foram condenadas à pena capital à revelia. Essas pessoas não estão incluídas na anulação proferida pelo Tribunal.
Mursi foi condenado outras três vezes desde sua deposição pelo exército em 2013.
Ele foi condenado à prisão perpétua em um julgamento por espionagem em nome do Hamas palestino, do Hezbollah libanês e do Irã.
Também foi condenado em abril a 20 anos de prisão por usar da violência contra manifestantes durante o seu curto mandato presidencial.
Em junho de 2016, ele foi novamente condenado à prisão perpétua, com dez outros co-acusados por roubo de "documentos relativos à segurança nacional" e entregues para o Catar, segundo a acusação.