O presidente americano, Barack Obama, afirmou neste sábado que os Estados Unidos estendem a "mão da amizade ao povo cubano", depois da morte do líder revolucionário, Fidel Castro.
Leia Mais
Fidel, último protagonista da crise que poderia ter levado ao ApocalipseA Cuba de Fidel CastroMorre Fidel Castro, o lendário líder cubano que marcou o séculoAs nuvens carregadas de Trump não serão presenciadas por Fidel, diz FHC"A história registrará e julgará o enorme impacto de sua personalidade singular no povo e no mundo em volta dele", afirmou, em um comunicado.
"Sabemos que este momento enche os cubanos - em Cuba e nos Estados Unidos - e emoções poderosas, lembrando as incontáveis formas como Fidel Castro alterou o curso de vidas individuais, famílias e da nação cubana", afirmou o presidente americano.
"Durante a minha presidência, trabalhamos duro para deixar o passado para trás, perseguindo um futuro no qual a relação entre nossos dois países é definido não por nossas diferenças, mas por muitas coisas que compartilhamos como vizinhos e amigos", disse Obama.
Os Estados Unidos restauraram laços diplomáticos com Cuba em julho de 2015 e reabriram sua embaixada em Havana um mês depois em uma reaproximação histórica que pôs fim a mais de meio século de uma inimizade que perdurava com a ilha comunista desde a Guerra Fria. Em março, Obama fez uma visita histórica a Cuba.
Essa histórica reaproximação entre Washingtin e Havana, no entanto, foi conduzida por Obama e Raúl Castro, já que Fidel se afastou da Presidência cubana en 2009 e das atividades políticas em 2011.
Obama afirmou neste sábado que nos próximos dias, os cubanos "recordarão o passado e também olharão para o futuro. E, ao fazê-lo, os cubanos devem saber que eles têm nos Estados Unidos um país amigo e associado".
Fidel Castro faleceu na noite de sexta-feira em Havana, aos 90 anos. Seu corpo será cremado, conforme anunciou seu irmão, Raúl, em mensagem à população, e as cinzas serão sepultadas em um cemitério em Santiago de Cuba em 4 de dezembro.
.