Após ser atacada pelo presidente eleito Donald Trump, a Boeing se comprometeu a rever os custos de produção do futuro avião presidencial americano para oferecê-lo no melhor preço possível para os contribuintes, como contou à AFP a empresa de construção aeronáutica na quarta-feira.
"O presidente da Boeing, Dennis Muilenburg, conversou ontem (terça) por telefone com o presidente eleito Trump. Muilenburg parabenizou Trump por sua vitória eleitoral e se comprometeu trabalhar com a nova administração para controlar os custos (...) com a finalidade de que o novo programa Air Force One se mantenha no melhor preço possível", declarou um porta-voz do grupo.
Donald Trump havia informado um pouco antes a respeito dessa conversa telefônica à rede de televisão americana NBC, e reiterou sua ameaça de anular o contrato se o fabricante aeronáutico não reduzir os valores.
"Vamos chegar a isso", disse Trump. "Vocês sabem que é por isso que estou aqui. Estou aqui para negociar os preços. Os aviões estão muito caros. Estamos buscando uma redução dos preços. Se não conseguirmos uma redução, não faremos o pedido. Continuaremos com o que temos", declarou. O presidente eleito ameaçou anular o contrato com a Boeing nessa terça-feira.
"Boeing constrói um novo Air Force One 747 para cada um dos futuros presidentes, mas os custos excederam, mais de 4 bilhões de dólares anuais. Cancelem o pedido!" - escreveu Trump no Twitter.
O Air Force One, que só leva esse nome quando o presidente está a bordo, permite que o líder americano exerça todos os seus compromissos referentes ao cargo enquanto realiza um voo, incluindo a possibilidade de autorizar um ataque nuclear.