Uma autoridade do governo israelense elogiou nesta sexta-feira a decisão do presidente eleito dos Estados Unidos Donald Trump de nomear David Friedman como embaixador em Israel, vendo-o como uma possível mudança da política americana em relação a questões sensíveis como Jerusalém e as colônias.
"A nomeação de Friedman é uma boa notícia para Israel", comentou em um comunicado a vice-chanceler Tzipi Hotovely.
"Suas posições refletem o desejo de reforçar o estatuto de Jerusalém como capital de Israel e de levar em conta o fato de que as colônias nunca foram realmente um problema na região", acrescentou.
No entanto, as declarações de Hotovely, que faz parte de uma nova geração de membros mais conservadores do Likud, o partido do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, não reflete necessariamente as posições do governo.
Hotovely fazia referência às declarações de Friedman e Trump favoráveis ao reconhecimento de Jerusalém como capital de Israel.
Atualmente Washington, como a maioria da comunidade internacional, não reconhece esta cidade como a capital do Estado judeu e mantém sua embaixada em Tel Aviv.
Após o anúncio da nomeação, Friedman, advogado judeu especializado no setor imobiliário e sem experiência diplomática, disse que estava ansioso para começar a sua missão "na capital eterna de Israel, Jerusalém".
A questão do estatuto de Jerusalém é uma das mais delicadas de uma possível solução para o conflito entre israelenses e palestinos.
Em relação à colonização, as construções israelenses em territórios palestinos ocupados, o governo de Israel nega que seja um obstáculo para um acordo de paz.
Friedman é contra a suspensão da colonização israelense em Jerusalém Oriental e na Cisjordânia. Ele também diz que, de acordo com Trump, a decisão de criar um Estado palestino deve estar nas mãos de Israel.
O Conselho Yesha, a principal organização de colonos em territórios palestinos, saudou a escolha de Trump. "Friedman ama profundamente toda a terra e o povo de Israel, incluindo os de Judéia-Samaria", nome dado por Israel à Cisjordânia, disse a organização em um comunicado.
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