A medida foi aprovada por 51 votos a 48. "Com a votação desta noite, os republicanos retiraram o primeiro fio para desfazer todo o nosso sistema de seguro saúde", lamentou a senadora democrata Debbie Stabenow. A medida prevê que os esforços de oito anos de Obama para estender a cobertura de saúde a dezenas de milhões de americanos permanecerão sob cerco assim que o presidente eleito Donald Trump tomar posse em 20 de janeiro, uma vez que os republicanos, maioria em ambas as casas do Congresso, estão determinados a destruí-lo.
"A revogação republicana vai colocar as companhias de seguros de volta no comando da nossa saúde, retirará a proteção de todos os americanos com seguro de saúde, acabará com o seguro de 30 milhões de americanos e aumentará os preços de medicamentos prescritos para todos", declarou Stabenow.
"Ao invés de abolir a reforma da saúde e enfraquecer o Medicare (seguro saúde dos aposentados) e Medicaid (seguro saúde para os mais pobres), os republicados deveriam trabalhar com os democratas para melhorar a saúde e reduzir os custos da saúde para todos os americanos", ressaltou.
Os republicanos disseram que a votação no Senado foi o primeiro prego no caixão de uma lei que eles prometeram eliminar. "A aprovação desta resolução inicia o importante processo de revogação e substituição do Affordable Care Act (Obamacare), sobre o qual nunca deixei de dizer que apresentava defeitos desde o seu início", afirmou o senador republicano Thad Cochran após a votação. "A meta será destravar políticas e regulações que limitam as escolhas, aumentam os gastos e diminuem o acesso à saúde", afirmou.
Trump fez da revogação do seguro saúde uma plataforma central de sua campanha para a Casa Branca. Em sua primeira coletiva de imprensa como presidente eleito, Trump afirmou que o Obamacare será substituído por um programa que será elaborado assim que seu secretário de Saúde assumir. "O Obamacare é um problema dos democratas.