O grupo japonês Takata declarou-se culpado por fraude e terá que pagar uma multa penal de 1 bilhão de dólares nos Estados Unidos por causa de seus airbags defeituosos, anunciou nesta sexta-feira o Departamento de Justiça (DoJ).
Com o objetivo de pôr fim a processos penais, o fabricante japonês admitiu ter realizado informes "manipulados e fraudulentos" para omitir os defeitos, suspeitos de provocar a morte de 15 pessoas, 11 delas nos Estados Unidos, informou o DoJ em comunicado.
Três executivos da Takata foram indiciados nos Estados Unidos na investigação sobre os airbags defeituosos, segundo documentos judiciais divulgados nesta sexta-feira. Tratam-se dos primeiros indiciamentos no escândalo dos airbags.
Shinichi Tanaka, Hideo Nakajima e Tsuneo Chikaraishi foram acusados de "conspiração" por tentar omitir um grave defeito de airbags utilizados em larga escala por numerosos fabricantes americanos e estrangeiros, segundo uma ata de acusação de dezembro e divulgada nesta sexta.
No total, cerca de 100 milhões de airbags potencialmente defeituosos foram recolhidos no mundo todo, 70 milhões deles nos Estados Unidos.