Durante seu encontro com o premiê japonês, Shinzo Abe, nesta sexta-feira (10), o presidente americano, Donald Trump, ofereceu ao Japão garantias de que o acordo mútuo de defesa cobre as disputadas ilhas Senkaku, reivindicadas pela China, que as chama de Diaoyus.
Em uma nota oficial, os líderes asseguraram que este acordo "cobre as ilhas Senkaku", acrescentando que Washington e Tóquio "se opõem a qualquer ação unilateral que afete a administração do Japão nessas ilhas".
Na nota, publicada por ocasião da reunião entre Abe e Trump, os dois governos se comprometeram a "aprofundar a cooperação para garantir a paz e a estabilidade no Mar da China Meridional".
Em uma aparente referência a Pequim, Washington e Tóquio apontaram que se "opõem a qualquer tentativa de apoiar solicitações marítimas mediante intimidação, coerção e força".
Ao mesmo tempo, formularam um pedido para "evitar ações que possam aumentar as tensões no Mar da China Meridional, incluindo a militarização de instalações, e atuar de acordo com a lei internacional".
Na quinta-feira (9), Trump teve uma "longa conversa" por telefone com o presidente chinês, Xi Jinping.
De acordo com a Casa Branca, no telefonema, Trump concordou, "diante de um pedido do presidente Xi, em honrar a política de 'uma só China'". Essa política reconhece o governo comunista de Pequim e proíbe qualquer relação diplomática com Taiwan.
Pouco depois de vencer as eleições presidenciais de novembro passado, Trump rompeu uma firme tradição política americana de meio século, ao aceitar uma ligação da presidente do Taiwan, Tsai Ing-wen. O gesto enfureceu Pequim.