Ex-primeiro-ministro da Itália renuncia à secretaria-geral do PD

AFP

O ex-primeiro-ministro italiano Matteo Renzi renunciou neste domingo à secretaria-geral do Partido Democrático (PD), lançando assim uma batalha pela liderança na formação governante, ameaçada por uma possível cisão.

Renzi, que se demitiu do cargo de chefe do governo em dezembro após perder um referendo-chave em seu país, deixou em aberto a possibilidade de se apresentar ao novo posto de secretário-geral do PD.

O enfrentamento com seus inimigos promete ser feroz, já que os membros mais de esquerda do partido ameaçaram neste fim de semana provocar uma cisão, embora isto desestabilize o atual governo de Paolo Gentiloni, cujo maior apoio é o PD.

Renzi, de 42 anos, acusou os rebeldes de seu partido de sempre terem o atacado durante seu mandato e de tê-lo chantageado para que abandonasse a secretaria-geral do partido com ameaças de cisão.

"Cisão é uma das piores palavras, só uma é pior que essa, é a palavra chantagem.

É inaceitável que um partido seja bloqueado pelo que diz a ala minoritária", disse. Eles "têm o direito de nos derrotar, não de nos eliminar. É o coração da democracia", acrescentou.

O Congresso para eleger o novo secretário-geral do PD ocorrerá em junho.

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