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Estado de Minas

Candidato governista se aproxima de vitória no 1o. turno no Equador


postado em 20/02/2017 12:37

O candidato governista de esquerda Lenín Moreno se aproximava nesta segunda-feira de uma vitória no primeiro turno nas eleições presidenciais mais disputadas dos últimos anos no Equador.

O ex-vice-presidente Moreno, do movimento socialista Alianza País, chegava a 39,10% dos votos válidos, contra 28,30% do ex-banqueiro conservador Guillermo Lasso, após a apuração de 88,76% das cédulas eleitorais.

Para vencer o primeiro turno, como aconteceu com o presidente Rafael Correa em 2009 e 2013, são necessários 40% dos votos válidos e uma diferença de dez pontos sobre o segundo candidato.

"Gostam dos grandes desafios, os desafios fortes, e deste vou sair na frente", declarou Moreno, de 63 anos, em entrevista ao canal Telesur.

Disse ainda que o país está dividido, por isso pediu que "compartilhemos o exercício do poder e da cidadania".

Se conseguir a vitória, Moreno se converterá no primeiro presidente equatoriano com problemas físicos, pois é paraplégico em consequência de um assalto em 1998.

Este aspirante a suceder o presidente em fim de mandato Rafael Correa disse que ainda é preciso contar grande parte da populosa província de Manabí, o reduto do correísmo severamente atingido pelo terremoto de abril, e os votos do exterior, onde também possui uma folgada maioria.

Centenas de simpatizantes de Lasso, encorajados ante a possibilidade do segundo turno - onde pode travar alianças com o resto dos opositores - se concentraram diante da sede do Conselho Nacional Eleitoral (CNE) em Quito em uma vigília para exigir transparência na apuração.

À medida que a contagem avançava com extrema lentidão a favor de Moreno, os opositores, entre eles o candidato a vice-presidente de Lasso, Andrés Páez, denunciavam a gritos a existência de fraude.

Em seu último comunicado de domingo, o presidente da entidade eleitoral desmentiu qualquer irregularidade e disse que a apuração continuará avançando na web e que fará uma coletiva de imprensa na manhã desta segunda-feira, com os resultados definitivos.

- Desgaste -

Os analistas sempre advertiram que seria difícil levar o correísmo ao segundo turno, quando conta com uma base de 30% de sólido apoio no país.

"Estes 10 anos foram uma amostra para que vejam o progresso do país, embora muita gente não queira ver o que temos diante de nós", afirmou Nora Molina, uma funcionária pública de 53 anos.

Mas, mesmo que Moreno vença no primeiro turno, o governismo sofreu uma contundente perda de votos em relação às presidenciais de 2009 e 2013, devido à ausência de Correa, a uma delicada situação econômica e à corrupção que ofuscou a campanha.

Os resultados ainda não permitem confirmar se o correísmo manterá a maioria de dois terços no Legislativo.

"Antes Correa ganhava por mais de 50%, pela bonança que havia naquele momento. As pessoas sentiam que viviam melhor, mas isso já não é assim", disse à AFP o economista Alberto Acosta-Burneo, consultor do Grupo Spurrier.

Segundo o governo, a deterioração da economia se deve a fatores externos, como a crise no petróleo, a desvalorização de moedas vizinhas, o fortalecimento do dólar e os custos do terremoto de abril.


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