O grupo extremista Estado Islâmico (EI) tem menos de 100 combatentes em seu reduto sírio de Al-Bab, afirmou o ministro turco da Defesa, antes de destacar que as forças de Ancara recuperaram "mais da metade" da cidade.
"Calculamos que o número está abaixo de 100, mas são homens muito perigosos", afirmou Fikri Isik em uma entrevista ao canal NTV.
"Há franco-atiradores, homens-bomba", disse.
Isik informou que os rebeldes sírios, apoiados por militares turcos, retomaram "mais da metade" de Al-Bab, onde continuam as "operações de limpeza bairro por bairro".
"Ainda há armadilhas, bombas de fabricação caseira", declarou.
Al-Bab, último reduto sob poder do EI na província de Aleppo, é objeto de uma ofensiva conjunta das forças turcas e dos grupos rebeldes sírios há vários meses.
A Turquia iniciou no fim de agosto uma operação militar de apoio aos rebeldes no norte da Síria para expulsar o EI e as milícias curdas, aliadas de Washington na luta contra os extremistas mas consideradas "terroristas" por Ancara.
Após um rápido avanço, Al-Bab representa um obstáculo difícil de superar: os militares turcos, que estão na ofensiva desde 10 de dezembro, perderam 69 homens.
De acordo com o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH), que tem uma rede de fontes na Síria, os turcos avançaram bem menos do que alegam.
"Os turcos e os rebeldes controlam, no máximo, 25% de Al-Bab e há pelo menos 700 jihadistas combatendo", afirmou à AFP em Beirute o diretor do OSDH, Rami Abdel Rahman.
Comandantes rebeldes sírios que participam na operação explicaram à AFP que o EI opõe uma forte resistência, com franco-atiradores e explosivos escondidos.
De acordo com o OSDH, 124 civis morreram nos bombardeios turcos em Al-Bab nas últimas duas semanas.
O exército turco nega as acusações e afirma que faz todo o possível para evitar perdas civis.