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Estado de Minas

Policial do caso Jean Charles será a primeira comissária de Londres

Cressida Dick volta à Scotland Yard depois de um parêntese de dois anos servindo na chancelaria


postado em 22/02/2017 15:49 / atualizado em 22/02/2017 16:26

Cressida, de 56 anos, foi isenta de responsabilidade no caso de Jean Charles(foto: AFP / LEON NEAL )
Cressida, de 56 anos, foi isenta de responsabilidade no caso de Jean Charles (foto: AFP / LEON NEAL )
Cressida Dick, que dirigiu a operação fracassada que resultou na morte do brasileiro Jean Charles de Menezes, será a primeira mulher a comandar a polícia de Londres, anunciou o governo britânico nesta quarta-feira.


Cressida, de 56 anos, que foi isenta de responsabilidade no caso de Jean Charles, substituirá Bernard Hogan-Howe como comissária do Serviço da Polícia Metropolitana, voltando deste modo à Scotland Yard depois de um parêntese de dois anos servindo na chancelaria.


A Polícia Metropolitana, a mais importante do país, é a que se ocupa da vigilância de Londres e arredores, mas também tem competência no âmbito nacional, como a luta antiterrorista ou a proteção da família real. "Cressida Dick é uma líder excepcional e tem uma visão clara do futuro da Polícia Metropolitana", afirmou a ministro dijo la ministra de Interior, Amber Rudd.

"Assume agora um dos trabalhos mais exigentes, importantes e highy profile da polícia britânica, em um contexto de alerta terrorista elevado", acrescentou. O prefeito da capital, Sadiq Khan, saudou a notícia falando de "um dia histórico para Londres".

Em 2005, poucos dias depois dos atentados contra os transportes públicos de Londres que deixaram 56 mortos, Jean Charles, 27 anos, morreu baleado pela polícia em uma estação do metrô de ao ser confundido com um possível terrorista.

Cressida dirigiu a operação e, apesar de ser isenta de responsabilidade nas investigações, a família do brasileiro protestou contra a nomeação quando apareceu entre os candidatos. "Não podemos esperar que se aceite que o posto de oficial da polícia mais ato do país, do qual se espera que reúna os mais elevados padrões de profissionalismo, (...) seja ocupado por alguém que está claramente marcada por sua incapacidade de estar à altura desses requerimentos", escreveram os parentes em uma carta aberta publicada no jornal The Guardian.


Nesta quarta, a família reiterou sua preocupação com a nomeação. "Tivemos que viver uma tragédia que nenhuma família deveria experimentar: a morte trágica de um ser querido nas mãos daqueles que deveriam estar a nosso serviço e nos proteger".


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