O herdeiro da Samsung negou todas as acusações de corrupção apresentadas contra ele em um escândalo político que abala a Coreia do Sul há vários meses, afirmaram os advogados nesta quinta-feira, dia de uma audiência preliminar.
Lee Jae-Yong, 48 anos, não estava presente na audiência, que aconteceu no tribunal do distrito central de Seul.
O caso representa um novo golpe para a gigante da telefonia - maior fabricante mundial de smartphones -, que tenta se recuperar de uma humilhante operação de recall de um modelo de telefone (Galaxy Note 7) que teve impacto mundial.
Lee é o vice-presidente da Samsung Electronics, a marca símbolo do grupo, filho de seu presidente e neto do fundador do conglomerado. No dia 17 de fevereiro ele ficou em detenção provisória e depois foi indiciado por "corrupção, utilização indébita de bens públicos, ocultação de ativos no exterior e perjúrio".
Outros quatro executivos da Samsung também foram indiciados.
"Todos negam as acusações", afirmou um advogado durante a audiência preliminar ao julgamento, que durou pouco mais de uma hora.
A defesa alegou que a acusação estava repleta de equívocos, que algumas denúncias não estavam suficientemente fundamentadas ou que algumas provas eram circunstanciais.
Lee é acusado de pagar quase 40 milhões de dólares em subornos à melhor amiga e confidente da presidente Park Geun-Hye, afastada do cargo, em troca de favores políticos.