Cinco novas empresas de Brasil, Espanha, Portugal e Panamá investirão no enclave industrial Mariel, totalizando assim 24 companhias estabelecidas no principal polo de desenvolvimento cubano, disse nesta sexta-feira um alto funcionário do governo.
Trata-se de uma companhia mista cubano-espanhola, Logística Hotelera del Caribe S.A., e do Grupo TOT Color S.A., procedente desse país europeu, disse Oscar Pérez, diretor de Avaliação de Negócios dessa Zona Especial de Desenvolvimento.
Ele acrescentou que desde dezembro passado também se chegou a acordos de investimentos da Engimov Caribe S.A., empresa portuguesa de engenharia e construção. As outras companhias são a panamenha Autocentro ZED, e Fidas do Brasil S.A, ambas de prestação de serviços logísticos de transporte.
Pérez, citado pela Agência Cubana de Notícias, disse que desde a sua abertura em setembro de 2013, a zona captou investimentos de 24 companhias (incluídas as 5 novas) por 966 milhões de dólares, cifra muito abaixo das expectativas oficiais.
Esse enclave industrial, que funciona em condições de zona franca "avança de forma discreta, porém sustentável", admitiu.
As autoridades cubanas precisam de investimentos estrangeiros de 2,5 bilhões de dólares anuais para atingir taxas de crescimento econômico de 5%, que lhes permita sair da crise e se desenvolver de forma sustentável.
Entretanto, o fluxo de capital estrangeiro para Cuba foi somente de 1,5 bilhão de dólares nos dois últimos anos destinados a 83 projetos, o que motivou pedidos do presidente Raúl Castro para desburocratizar a gestão e agilizar o processo.