A primeira-ministra do Reino Unido, Theresa May, disse nesta quinta-feira que o homem suspeito de realizar o ataque fora do Parlamento de Londres era britânico e tinha sido investigado pelas autoridades sobre preocupações com o extremismo islâmico, mas não era visto como "parte da atual investigação da inteligência". Segundo ela, o agressor foi inspirado pela ideologia islâmica.
Investigação
A polícia está trabalhando para reconstituir os detalhes do ataque que atingiu o coração da democracia britânica, fazendo buscas em seis endereços, o que levou à detenção de oito pessoas, sendo quatro em Birmingham. Em meio a uma maior segurança, os legisladores estavam retornando à sua rotina.
"Hoje nos reunimos normalmente, como as gerações fizeram antes de nós e como as gerações futuras continuarão a fazer, para entregar uma mensagem simples: não temos medo e nossa determinação nunca vacilará diante do terrorismo. O mais antigo de todos os parlamentos, porque sabemos que a democracia e os valores que ele envolve sempre prevalecerão", disse May. Ela disse anda que o nível de alerta não vai ser alterado, apesar do ataque.
Depois de ter dito na quarta-feira que quatro pessoas haviam sido mortas pelo agressor - que jogou seu carro em pedestres e esfaqueou um policial - a polícia deu um menor número de mortes na quinta-feira, dizendo que três pessoas morreram. Vinte e nove pessoas estavam no hospital, sete delas em estado crítico. Além dessas três pessoas, o agressor foi morto a tiros pela polícia.
O chefe da policial antiterrorista do Reino Unido, Mark Rowley, disse aos repórteres nesta quinta-feira de manhã que as autoridades acreditam que "o agressor agiu sozinho e foi inspirado pelo terrorismo internacional".
A polícia não identificou publicamente o homem e ainda nenhum grupo terrorista reivindicou o ataque. Rowley já havia dito que o ataque estava ligado ao terrorismo "relacionado ao islamismo"
"Claramente nossa investigação está em curso - desenvolvendo o tempo todo - e está focada em sua motivação, sua preparação e associados", disse Rowley. Rowley não ofereceu detalhes sobre as pessoas que ele disse terem sido presas.
O atentando
Testemunhas do ataque de quarta-feira disseram que o agressor dirigiu um veículo utilitário esportivo contra as pessoas que estavam na Ponte Westminster antes de bater em uma cerca ao redor do Parlamento. O agressor então correu até um policial que fazia a segurança do Parlamento e o esfaqueou, disseram as autoridades, antes de ser baleado e morto pela polícia.
Uma das vítimas foi identificada como Aysha Frade, que era professora de uma escola. "Ela era altamente apreciada e amada por nossos alunos e por seus colegas", disse a escola.
Autoridades de inteligência alertaram anteriormente que o Reino Unido era um alvo e as autoridades se concentraram em sua capacidade de responder a ataques armados, como os de Paris, onde homens armados e homens-bomba atingem diferentes alvos simultaneamente.
O secretário de Defesa, Michael Fallon, disse que a segurança será revisada para ver se os acordos no Parlamento são adequados e se a polícia nos portões da frente deve ser armada. Fonte: Dow Jones Newswires.